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A Polícia Federal intimou a prestar depoimento o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os advogados Frederick Wassef e Fábio Wajngarten, o ex-ajudante de ordens Mauro César Barbosa Cid, além de outros dois assessores.
O grupo será ouvido simultaneamente, no próximo dia 31 de agosto, sobre o suposto esquema de venda de joias recebidas em viagens oficiais. A informação foi noticiada primeiramente pelo site G1 e confirmada pelo Globo.
De acordo com a PF, foram intimados a depor também os assessores Marcelo Câmara e Osmar Crivellati e o pai de Mauro Cid, o general do Exército Mauro César Lourena Cid.
Todos aparecem em mensagens recuperadas durante as investigações e que os apontariam como envolvidos nas negociações dos itens.
Há 11 dias, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão – dois em Brasília, um em São Paulo e um em Niterói, deferidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decorrência desse inquérito. Entre os alvos, estavam Lourena Cid, Crivelatti e Wassef. Eles são suspeitos dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
“Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, informou a PF, na ocasião.
O inquérito apontou que os valores obtidos das vendas desses objetos teriam sido convertidos em dinheiro vivo e “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.