Visitas: 3674877
Usuários Online: 1
Sobe para 29 o número de armas de fogo recolhidas no sistema carcerário do estado, entre janeiro e metade de setembro deste ano. Em 2015, foram localizados 21 armamentos.
De acordo com a Secretaria-Executiva de Ressocialização, os agentes apreenderam recentemente, cinco projéteis e outros materiais. Entre eles, três facas industriais, sete carregadores de celular, duas baterias de telefone móvel, 159 gramas de crack e R$ 2.100.
Participaram da revista agentes penitenciários da unidade e do Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres) e integrantes da Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica (Giso/Seres).
Estatísticas
De acordo com dados repassados pela Seres, a cada mês, pelo menos três revólveres e pistolas são encontrados nas celas das unidades do estado. O aumento do número de apreensões de armas é apenas mais uma mostra dos problemas registrados no sistema penitenciário pernambucano.
Brigas entre detentos com uso de revólveres foram registradas e acabaram em morte.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitneciários de Pernambuco (Sindasp-PE), João Carvalho, este ano, foram pelo menos 29 mortes nos presídios. A maioria ocorreu em motins e teve uso de facas e armas artesanais. Ele afirmou que o problema dos revólveres é preocupante. Para o sindicalista, para cada arma de fogo apreendida há pelo menos duas escondidas
Motivos
Para o agente, o aumento do número de apreensões de armas de fogo refleta fragilidade da segurança das unidades. Atualmente, segundo o Sindaspe-PE, faltam efetivos para as guardas externa e interna das unidades.
Carvalho afirma que por causa da precariedade de vigilância, muitas armas entram nos presídios de uma forma que seria facilmente barrada, caso existisse um efetivo suficiente. Ele informa que pessoas ficam bem perto do muro e jogam o material para o pátio da unidade. Como não há fiscalização interna, os detentos têm facilidade para recolher esse armamentos e as drogas.
Mais apreensões
Além das armas de fogo, os agentes recolheram este ano, no primeiro semestre, mais de 1.400 facas, facões, e armas artesanais. Em 2015, foram recolhidas 3.500 unidades.
Em 2016, a Seres retirou dos presídios mais de 1.200 celulares e quase 70 quilos de drogas. Só maconha foram 63 quilos. Também encontrou com, os detentos mais de 400 litros de bebidas industriais e mais de mil litros de cachaça artesanal.
Em 2015, foram recolhidos 166 quilos de maconha, oito quilos de crack e quase 10 mil litros de bebidas, além de 4.375 celulares. (G1-PE).